quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Medidas salvam até 11 milhões de empregos

As ações para segurar o nível de emprego e para a proteção social postas em práticas pelos governos do G20, desde a deflagração da crise econômica e financeira que começou nos Estados Unidos, criaram ou salvaram entre 7 e 11 milhões de empregos, conforme avaliação do diretor geral da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Juan Somavia..

A OIT prevê, além disso, que a persistente deterioração do mercado de trabalho no mundo gerará em 2009 um aumento no desemprego mundial entre 39 e 61 milhões de trabalhadores em relação a 2007, o que poderia resultar em um desemprego global entre 219 e 241 milhões de pessoas, o maior número já registrado na história.

Redução de impostos

Para o presidente da Federação Nacional dos Frentistas, José Porcino Sobrinho, a crise financeira não atingiu o Brasil com tanta intensidade por causa das ações de redução de impostos implementadas pelo governo federal e também em razão das propostas formuladas pelo movimento sindical que serviram para segurar os empregos e reduzir o ritmo da desaceleração econômica. “Hoje é conhecido pela população que as nossas propostas foram fundamentais para o país não sofrer tanto com a crise”, avalia Porcino, acrescentando que defende uma recuperação sustentável como propugna a OIT..

“O desemprego é massivo como consequência da crise. Se as medidas especiais tomadas perdem força ou são suspensas demasiadamente rápido, a crise do emprego poderia piorar ainda mais. As pessoas no mundo, em em particular os mais vulneráveis e em situação de desvantagem, não perceberão que a crise está diminuindo até que não tenham um trabalho decente ou um piso mínimo de proteção social. Uma recuperação sem emprego não será socialmente ou politicamente sustentável”, disse Juan Somavia, que assistirá à reunião de cúpula.

Pacto

Relatório assinala que o “Pacto Mundial para o Emprego”, aprovado em junho de 2009 pelos membros tripartites da OIT (governos, empregadores e trabalhadores) contém um conjunto de recomendações de políticas destinadas a reativar a economia e aumentar a oferta de emprego. A cúpula anterior do G20, realizada em Londres em abril de 2009, fez um apelo à OIT “para que conjuntamente com outras organizações competentes avalie as medidas implementadas e as que sejam necessárias para o futuro” para enfrentar o impacto da crise econômica sobre os mercados laborais.

A cada ano, cerca de 45 milhões de mulheres e homens jovens entram no mercado de trabalho mundial gerando pressões adicionais nos mercados laborais já afetadas por altas cifras de desempregados. Em seu conjunto retratam um desafio de emprego de grandes dimensões, na atualidade e no futuro imediato. Forte crescimento econômico e alta capacidade de crescimento do emprego são igualmente indispensáveis. Do contrário, quando a recuperação econômicas começar a se consolidar permanecerá um importante déficit da disponibilidade de emprego durante diversos anos.

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