quinta-feira, 30 de julho de 2009

PALAVRA DO PRESIDENTE DA FEDERAÇÃO NACIONAL DOS FRENTISTAS.

Apesar da crise, frentista conquista aumento real
A crise econômica mundial foi provocada pelos especuladores financeiros que priorizaram os ganhos financeiros em detrimento da produção e do trabalho, fundamentais para o desenvolvimento dos países e para a geração de empregos.
Este processo especulativo gerou a crise. Os trabalhadores não têm nada a ver com isso e se recusam a aceitar que os efeitos da recessão sejam jogados sobre os seus ombros. Não vamos aceitar demissões e a retirada de direitos para ajudar as empresas a se reerguerem.
Entre outras lutas, os assalariados decidiram manter a batalha por melhores salários e por trabalho decente. Apesar de estar ciente de que os ricos são culpados pela crise, o movimento o sindical e a nossa Federação, em particular, têm o dever de formular propostas para ajudar a tirar o país do buraco.
Temos interesse na retomada do crescimento econômico para incrementar o emprego, valorizar os salários e gerar mais riqueza.
Pensando nisso, o trabalhador pleiteia a redução dos juros e do spread bancário, o corte de taxas e impostos e a redução da jornada de trabalho sem o corte nos salários. Fundamental também para o movimento sindical é aprovação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as demissões arbitrárias.
Tão importante quanto as reivindicações gerais, são as necessidades específicas da categoria: salário e condições de trabalho. Apesar das dificuldades, conseguimos fechar as convenções coletivas do Ceará, São Paulo e Minas Gerais, sem abrir mão de nenhum direito.
Pelo contrário. A categoria dos três estados teve aumento real de salário, além da reposição da inflação. A Federação ainda conquistou para alguns e ampliou para outros frentistas a cesta básica e o tíquete-refeição.
Ao centrar fogo na manutenção do emprego, na preservação das conquistas sociais e no ganho real fica claro que aplicamos a tática correta na luta contra os proprietários dos postos de combustíveis cujo faturamento evoluiu muito em decorrência da ampliação da frota de veículos.


Antônio Porcino Sobrinho, presidente da Federação Nacional dos Frentistas

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